terça-feira, 27 de novembro de 2018

O Governo dos Generais 2019

O Governo dos Generais em 2019 assume uma nova face, agora sob a fachada de Jair Bolsonaro.
Este Governo se iniciou mais fortemente a partir de 2015, embora durante o primeiro Governo Dilma já estivesse lá preparando o terreno.
Direcionaram ações e proposições legais, que o Governo Dilma assumiu como seus, mas que serviram para sustentar a etapa posterior do Golpe.
Deram vários sinais de que não tinham interesse em voltar ao poder, ao mesmo tempo que não puniam os militares reformados mais audaciosos (aqueles que não conseguiam segurar a língua, e já antecipavam os planos dos Generais).
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Um golpe bem feito não pode (atualmente) ser realizado de afogadilho. Tem que ser feito em etapas para gerar empatia e apoio da sociedade. Mas tem que ser robusto suficiente para garantir força na tomadas das Instituições (judiciárias, legislativas e executivas).
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Depois de diversos pleitos eleitorais em que não conseguiram emplacar seus candidatos prediletos, aceitaram um mais esquisito. Acredito que tenham em mente que se possa dar um trato no candidato eleito. Um Capitão obedece a um General. (e o um Presidente Capitão é apenas um Capitão).
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Sequestrar o STF (e por tabela o TSE) foi necessário, mas é daqueles sequestros em que as vítimas (togadas) não se sentem tão vítimas. Até acreditam que fazem parte do plano. Imbecis.
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O Executivo, com mentalidade moldada na AMAN, não é uma dificuldade de comandar, especialmente um capitão que foi expulso (de certa forma!).
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O complicado poderia ser o Legislativo, mas com bancadas tão amigas, isto facilita.
Agora o Executivo coloca um general (alguns acreditam com boa formação!) nas relações com o Legislativo. Bom, na conversa com um General tenho dúvidas de a imunidade parlamentar é imune ao Cacete(te)!
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E assim vamos de General em General, a corrupção agora é Militar (e como da outra vez, só para dividir um pouquinho da corrupção Civil), afinal, com vacas tão gordas, por que não pegar um pouco de leite e queijo para os Fardados?
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Em tempo: Toffoli após nomear o primeiro General como "consultor" e ceder este para o Executivo, chama (por "livre e espontânea" vontade) mais um General. É que Supremo mesmo tem que ser da Guerra.
Em tempo: o inimigo é interno. O inimigo é o povo.

terça-feira, 20 de novembro de 2018

Allan Garcês do Vem Pra Rua ao Governo Bolsonaro

Allan Garcês (médico ortopedista) foi um dos organizadores do Movimento Vem Pra Rua e agora foi chamado para a Equipe de Transição do presidente eleito Jair Bolsonaro na equipe que vai planejar o programa de saúde do Governo.

Em 2014, um estudante da UFMA entrou em contato com o editor deste blog, e relatou que os alunos estavam sendo constrangidos por um professor da UFMA.

Na mídia social, Facebook, uma aluna relatou que foram enganados e sofreram coerção por parte do professor.
https://partidodaimprensagolpista.wordpress.com/2014/04/01/estudantes-denunciam-coarcao-de-professor-de-anatomia-da-ufma-em-apoio-a-ditadura-e-contra-o-partido-dos-trabalhadores/

Recebi a seguinte denúncia: “no dia 31/03/2014 infringiu a lei supracitada ao aproveitar-se indevidamente do cargo de professor de anatomia para promover manifestação de desapreço, incitando os alunos a apoiar um movimento contra um partido político (ato estranho aos interesses da função pública), na sala de aula do Departamento de Morfologia. Os alunos, temerosos de perseguição em sala-de-aula, aderem, mesmo que involuntariamente, a essa manifestação, tendo suas liberdades ideológicas e políticas tolhidas.”
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O blog de DIEGO EMIR denunciava em 2014:
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MÉDICO E PROFESSOR DA UFMA SAI EM DEFESA DO REGIME MILITAR E DIZ TER SAUDADE DOS TEMPOS DA DITADURA

Sempre desconfie de alguém que inicia seu discurso afirmando, que um certo movimento político que está organizado não há nenhum interesse partidário e próprio por trás. E um bom exemplo, chama-se Allan Garcês (médico e professor da UFMA e CEUMA).

Em 2011, este senhor aproveitou as estruturas políticas da UFMA e outras faculdades de São Luís para lançar o Movimento pela Saúde da Saúde do Maranhão. Na época organizou uma grande caminhada com apoio de Centros e Diretórios Acadêmico da UFMA, CEUMA, CEST, Florence e outros. Porém em seus discurso sempre era dito não vamos criticar o governo municipal (na época o prefeito era João Castelo), pois segundo o próprio o problema vinha de cima da esfera federal.
 
Um ano depois, eis que surge como candidato a vereador na chapa do PSDB e do ex-prefeito João Castelo, o médico e professor Allan Garcês. Uma grande decepção e até sentimento de raiva surgiu em diversos estudantes que se sentiram usados naquela pré-campanha eleitoral antecipada. No final das contas o médico teve 1330 votos, o que lhe deu a quarta suplência no seu partido.
 
Pulando esse período, Allan volta a atacar, dessa vez defendendo o inacreditável. Em sua rede social Facebook, ele postou um breve texto em defesa do regime militar e o insulto ao atual do governo.
 
Criticar partido A ou B, ok. Isso é liberdade de expressão, mas defender um governo opressor, que tirou uma série de direito das população é injustificável, só o faz quem se beneficiou deste estado.
 
Vivemos um momento de reflexão e de lembranças das atrocidades cometidas pela ditadura militar, inclusive toda poderosa Rede Globo admitiu o erro de ter apoiado o golpe de 1964. No entanto o médico Allan Garcês vai de encontro a tudo isso e faz apologia ao regime militar como forma de combater o PT e o governo da presidenta da Dilma, partidos o qual ele tem aversão por ser filiado no PSDB.
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sábado, 17 de novembro de 2018

A inteligência de Lula

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E tudo começou com o power point. Se o Powerpoint tivesse sido desmentido no ato em que ele foi feito, eu vou dizer uma coisa pra você procurador que eu não podia ter... eu quando vi o powerpoint, eu falei pro PT, eu se fosse presidente do PT pediria para que todos os filiados do PT no Brasil inteiro, prefeito, deputado, abrissem processo contra o Ministério Público para que ele provar o que ele disse... (Lula)
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Você está intimidando a acusação assim sr. Presidente, por favor vamos mudar o tom. O senhor está intimidando, o senhor está instigando, e o senhor está intimidando a acusação e eu não vou permitir. Doutor próxima pergunta.... (Promotoria)
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Não eu não estou estimulando.(Lula)
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Próxima pergunta...(Promotoria)
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Não, eu não estou instigando, estou apenas colocando um fato verídico...(Lula)
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Você está estimulando os filiados do partido a tumultuarem o processo e os trabalhos, se isto acontecer o senhor será o responsável... (Promotoria)
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Isto já passou, doutora, isto é há três anos atrás... lamentavelmente não fizeram...(Lula)
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Excelência isto não é, isto não é, na verdade... (advogado de defesa, Zanini)
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Ele está instigando os filiados ao partido a tumultuarem e a intimidarem o ministério público, eu não vou permitir isto... (Promotoria)
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A referência feita foi a processo judicial, eu não acredito que a Justiça seja meio para instigar o Ministério Público... (advogado de defesa, Zanini)
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Mas tumultuar a Justiça, sim... (Promotoria)
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Mas aí cabe análise judicial, ninguém falou.... (advogado de defesa, Zanini)
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tumultuar a Justiça, sim. (Promotoria)
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pois é, mas eu só insisto a referência ao processo judicial, eu não acredito que a Justiça fosse ser meio de pressão contra o Ministério Público... (advogado de defesa, Zanini)
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Isto disto pela própria Justiça é grave...(Lula)
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Eu não estou falando que a Justiça vai deferir, mas você tumultuar a Justiça por meio de diversas ações que você tem que responder, que você tem que prestar informação, sim. Isto é intimidar, porque isto nos tira do trabalho diário pra ter que ficar respondendo intimações e informações e questões que não são pertinentes. (Promotoria)
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Isto primeiro não é um fato concreto, não é excelência. (advogado de defesa, Zanini)
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Doutora, as pessoas recorrerão a quem? (Lula)
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As pessoas prejudicadas recorrerão à Justiça. (Promotoria)
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É isto, eu só queria ouvir isto. (Lula)
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E pela Constituição, a presunção de inocência inclusive nesta fase. (advogado de defesa, Zanini)









quinta-feira, 15 de novembro de 2018

Bizarrias da esquerda

Manuel Domingos Neto
Fortaleza, 14 de novembro de 2018

No dia 12 de novembro de 2018, o representante do Governo Maranhense chateou-se com quem não aplaudiu o Comandante do Exército. O General dissera haver posto o sabre no pescoço do STF: ou Lula preso ou nem o comandante da tropa maior seguraria o diabo! Assinou confissão de algo que as pedras sabiam.
A esquerda fora alertada, faz tempo, dos acertos a meia luz entre a farda e a toga. Depois, tais acertos ocorreriam a céu aberto, naturalmente, sem maiores reações de partidos, imprensa ou parlamentares. Villas Bôas detonou o Judiciário. O estofo moral de Toffolli, já questionado, foi pelos ares e a Corte ficou em saia justa. E eis a insegurança jurídica exposta ao mundo!
O mais grave da entrevista de Villas Bôas, entretanto, serão os efeitos no mundo castrense. Quando o Comandante assume publicamente não dar bolas à Constituição e dá exemplo de transgressão do Regulamento Disciplinar do Exército, que autoridade lhe sobrará para garantir a disciplina em quartéis sob o comando de jovens sedentos de protagonismo, com adrenalina em altas dosagens e envaidecidos com o clamor da turba?
É bizarro a esquerda aplaudir tal coisa. Para a autoridade maranhense, o General teria sido “irretocável” e, seus críticos, “bravateiros”, “esquerdistas patéticos”, irresponsáveis torcendo por uma ditadura que lhes desse chance de posar de heróis. Desrespeito aos que tombaram pela democracia; mimo ao neofascismo, incentivo ao caos!
No dia seguinte, 13 de novembro de 2018, uma “Nota do PT” denuncia a tutela do Comando Militar sobre o Judiciário; conclama as “forças democráticas” a defender a democracia e alerta não haver limites para a tirania. Nem uma palavrinha sobre a responsabilidade do partido quanto ao perigoso quadro formado. O maior partido de esquerda não renuncia à condição de símbolo de pureza e coerência! É estranho que ponha a institucionalidade maltrapilha em sólido pedestal...
Chama a atenção o PT tomar como base de seu posicionamento a vigência do Estado Democrático de Direito, contradizendo a tese de que Lula é preso político. Não cabe à esquerda rasgar a Constituição, mas é insensato operar como se a normalidade institucional estivesse em pleno vigor.
Na eleição de Bolsonaro, muito se falou de evangélicos, mentiras na internet, partidarismo do Judiciário, torpezas da imprensa, reacionarismo da classe média, inconformismo da casa grande, envolvimento do agronegócio, ação de agentes externos, erros de comunicação, pulsões de morte de uma sociedade desesperançada... Enfim, do ambiente que favoreceu experiências autoritárias clássicas.
Pouco se disse, entretanto, dos quartéis que viraram autênticos comitês de campanha e de militares e policiais fardados ou de pijama que atuaram como militantes ensandecidos em defesa do capitão farda-suja.
O desacreditado candidato ganhou importância na medida em que hierarcas estrelados, cientes da caduquice da “manu militare” rotineira o perceberem como alternativa para retornar ao mando via eleitoral. O empresariado viu um Bolsonaro diferente quando o mesmo foi cercado por generais. Nesta condição, ganhou crédito e recebeu apoios variados.
O general Villas Bôas diz que Bolsonaro não é militar, mas que aproveita habilmente suas relações no meio castrense. O fato é que, sem a escora de chefes militares, Bolsonaro continuaria sua rotina histriônica de deputado do baixo clero disposto à estragar a imagem internacional do Brasil em troca de bons proventos para sua clã política profissional.
A esquerda falou menos ainda do lance de geoestratégico em disputa, como se a contenda pela hegemonia mundial desconhecesse a importância do Brasil.
A eleição do farda-suja é dado estratégico primordial nos limites continentais; desmonta o esforço pela integração sulamericana e interrompe a busca da multipolaridade; acelera o programado saque das reservas de petróleo da Venezuela; deixa as fábricas estadunidenses de armas suspirando aliviadas diante de seus novos concorrentes na América do Sul; dá esperança aos que têm ganas de por a mão na Amazõnia; desmonta parcerias estratégicas visando a autonomia tecnológica; tumultua o esforço de exportação dos produtos brasileiros e, loucura das loucuras, chama homens-bombas para nossas cidades, como se já não bastasse os assaltos cotidianos à luz do dia.
Nos últimos anos muitos brasileiros pediram uma “intervenção militar”. Nenhum deles foi preso por desrespeito às Forças Armadas e por incitamento à desordem. Ao inverso, o militar sentiu-se prestigiado; inflou o peito de orgulho e a cabeça de parvoíces.
Multiplicaram-se as falas raivosas e ameaçadoras de oficiais reformados atacando o governo, criminalizando a política e desmoralizando as instituições republicanas, demonizando a sede de liberdade e de respeito dos socialmente discriminados.
A esquerda menosprezou esses oficiais: seriam inofensivos, dado que não comandariam tropas. Não sabia, a esquerda, que os de pijama fascinam os fardados, que se espelham em sua competência técnica e se enternecem com seus laços afetivos, sua maturidade e ascendência moral.
Esqueceu a esquerda que as armas estão com ex-alunos e ex-subordinados de experientes generais de pijama. A admiração e o exemplo não se esfumaçam quando o veterano tira a farda. Este ensinamento vem de tempos imemoriais.
A esquerda esqueceu ainda que o de pijama fala o que o fardado não pode falar.
A esquerda aprenderá um dia que, no Brasil ou em qualquer canto, o novo e o velho militar não podem ser menosprezados?

Lula diante dos operadores da (In)justiça


Lula apresentou-se, embora afirme a confiança na Justiça, como quem não confia mais nos operadores da Justiça que atuam na promotoria e no juízo, algo diferente do que vimos até algum tempo atrás, quando havia ainda réstia (ou mais) de esperança no apego à verdade destes atores.
Lula fez algumas afirmações que são chocantes, e que serão ainda mais chocantes à medida que se tornarem aspectos da História do Brasil, e para os quais precisamos estar atentos.
Lula relata de quando um jurista, no início das acusações da ação do tríplex, detalhava que não havia motivo para se preocupar porque não havia a menor chance de aquilo prosperar, por absoluta, além de falta de verdade, de consistência dos argumentos apresentados. O que vimos posteriormente, a despeito de toda inconsistência e alienação dos argumentos apresentados nas acusações, e ainda da farta quantidade de prova em contrário, provas da inocência de Lula, contrastante com a ausência de provas contra Lula, foi que foi condenado, e ainda pior, teve sua pena esdruxulamente aumentada na segunda instância, fazendo-nos testemunhar escândalo que encontra só similitude com a votação do impeachment da presidenta Dilma na Câmara dos Deputados, dado o quadro ridículo. Na época, lembro que Lula recebeu telefonemas de juristas e analistas que, ao contrário, explicavam a Lula que a Justiça no Brasil tem uma dinâmica que já o condenara antes mesmo de ele se tornar réu, ao que Lula respondia que não havia o que temer porque era inocente. Isto está patente em gravações de telefonemas divulgados posteriormente pelo juiz (político) Moro. Ontem, Lula apresentou-se como não mais confiante na operação da Justiça, embora ainda confie na Justiça (Divina e Histórica).
Lula, também de forma inédita ao que sei, ou ao menos rara, descreve o que faria se pudesse ao tempo das acusações dos procuradores no episódio do PowerPoint. Lula explica que deveria ter, à época, estimulado os militantes e todas as diretorias do PT a entrarem com representações em busca de Justiça quando o PT foi acusado de ser uma quadrilha, já que isto foi ataque à honra do Partido e da militância passível de demanda de reparo através da Justiça. Aqui Lula demonstra que já não confia nos operadores da Lei (da Justiça). Esta fala foi quase como um pedido de socorro. O grito de um náufrago na vastidão do oceano, ainda vivo, mas sob intensa tensão. Algo também incomum quando nos referimos a Lula.
Lula explica, novamente, à Juíza, como já fizera antes ao juízo de Moro, que não havia alternativa a condená-lo, dado as circunstâncias que se estruturam na ação penal sobre mentiras e mais mentiras, umas sustentadas pelas outras.
Lula falou não para a Justiça, em uma defesa na ação penal, mas falou para a História. O tom mais potente, o “desafio” à autoridade da juíza, e até mesmo a acusação que Lula fez diretamente, e à qual a Juíza reagiu veementemente, é de quem sabe que não pode confiar naqueles operadores. O tom é de quem agora precisa explicar, e deixar registrado, para a História, que embora espere testemunhar em vida, não tem certeza mais disto, e registra assim mesmo para a posteridade. Lula fala não mais para seus filhos, mas a seus netos, ou mesmo bisnetos, nesta Nação. Olha nos olhos do povo brasileiro do futuro, embora não tenha abandonado os do presente, porque entende que tem um compromisso com a esperança, e não só com a esperança agora, mas com a esperança em qualquer tempo.
Lula falou que estava cansado, que aos 73 anos, com tiros e tiros que atingiam o mesmo ponto de sua couraça, embora não os tivesse matado, machucaram-no. Lula relata que faz esforço homérico para manter o humor. Fala que se esforça para não deixar o ódio penetrar em sua alma. Embora a pergunta, de todo aquele que sofre de injustiça, elevada aos céus: “Pai, por que me abandonas-te?”, tenha sido já entoada por Lula, esforça-se para agir segundo sua consciência e fé.
Em determinado momento, em um "afasta de mim este cálice!", Lula pede a um de seus advogados, que ao se despedir de todos ao sair desejando um feliz feriado, que "me leva com você!", e repete "me leva com você!". Não foi uma brincadeira, foi um pedido de socorro.
Fui dormir, nesta quarta-feira, 14 de novembro de 2018, com um pesar no coração, e pedindo internamente desculpas a Lula. Ele não merece está assim disposto sobre a pedra fria do altar pagão do sacrifício a falsos deuses.

domingo, 11 de novembro de 2018

Fórum ADUFPI - fala do prof. Manoel Domingos


Acho que o Brasil é resultado desta situação, neste caso, de uma cartada internacional. Houve uma movimentação geopolítica, um rearranjo de forças no plano mundial, e nós estamos sofrendo estamos as consequências. Este golpe é para equilibrar o hegemonismo norte-americano. Nós estamos à beira, e nos encaminhamos para uma guerra na América do Sul. Esta história de que não há plano não me convence. O Brasil é importante demais para que não há já planos. Os planos estão bem assentados, bem fundamentados, estruturados, neste longo tempo. Não existe coordenação, um cara doidão que diz uma coisa aqui. Conversa. Nada disto. A assessoria, o domínio, é de pessoas altamente especializadas. Oficiais do Estado Maior. Juristas preparados na Escola de Washington. No Golpe de 1964, quando eu tinha 14 anos. A Escola do Panamá. A escola foi fechada. Não há industrialização de cabeças militares no Panamá. Há agora a industrialização de cabeças jurídicas em Washington. Estes palhaços que estão aí se metendo a inovação moral brasileira são todos formados nesta escola de Washington. Isto já está evidente. Ninguém fala, mas deve ser falado. Nós estamos em um buraco. Nós estamos numa.... Vão vender a Amazônia mesmo. O plano é este. O plano é tomar a riqueza petrolífera da Venezuela, uma das maiores riquezas do mundo. O plano é privatizar o Banco do Brasil. O plano é acabar com a liberdade. O plano é voltar a hegemonia norte-americana. Aí eu entro na minha preocupação. Para surpresa minha, eis que um mundo enferrujado de ideias, um mundo meio carcomido, meio toupeira. Este mundo é o meu mundo, o mundo acadêmico. Quanto mais eu vivi no mundo acadêmico, mais eu me espantei com a estupidez que tomava conta. Eu dirigi durante quatro anos o CNPq. Durante quatro anos eu fui do Conselho Superior da CAPES, e nunca vi um amontoado tão grande de doutores, altos doutores, até se intitulando pós-doutores, inventando este besteirol de pós-doutores, arrotando imbecilidade. Arrotando egoísmo. Arrotando o que havia de pior. Pois que agora está surgindo agora neste meio uma ponta de lança da rebeldia contra o fascismo porque é o que escuto (agora) diariamente, inclusive os mais reacionários. Todos estão animados, inquietos, preocupados em defender a liberdade. Eu vim aqui porque o Brasil está no buraco, e porque eu acho que a Universidade Pública Brasileira está se credenciando como porta-voz desta reação ao fascismo. Agora se este movimento sindical, a ANDES, entidade da qual eu cansei há muito tempo, dirigi greves nacionais, como deputado federal, ao lado Florestan Fernandes, negociei greves com um entidade com uma entidade que era atroz para o movimento, completamente isolada da massa de intelectuais e profissionais do Brasil. Pois bem, acho que é necessário, estas direções sindicais do Brasil todo atentarem que pode cumprir a Universidade brasileira neste quadro de calamidade do ponto de vista das Instituições. O Brasil está à deriva, está entrando num buraco, nós estamos entrando em uma guerra na América Latina. Esta turma que está assumindo é serviçal, é lacaia do imperialismo norte-americano. É preciso reagir. Reagir com firmeza. Brasil olhe o exemplo do Nordeste. Nordeste olhe o exemplo do Piauí. Nós estamos resistindo aqui e que o movimento de professores não perca o passo. Nós temos que cumprir o papel social. A universidade está reagindo. São trinta universidades invadidas. Os reacionários das universidades serão nossos aliados nesta história. Só hoje eu recebi três telefonemas de meus colegas conservadores da USP querendo escrever comigo um livro para denunciar este esquema militar de dominação. Os caras todos reacionários. Os caras com quem briguei este tempo todo. Manoel vamos agora escrever, vamos denunciar (estes que serão) futuros executores do Porão. . É isto vamos preparar a Universidade para a Resistência.


quinta-feira, 8 de novembro de 2018

Diplomação antecipada

As notícias dão conta de que o TSE dará diplomação ao candidato eleito Jair Bolsonaro no dia 10 de dezembro de 2018, portanto nove dias antes do prazo, devido à realização de procedimento cirúrgico e reversão da colostomia em alça (COLORRAFIA) prevista para dia 12 de dezembro de 2018.

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Vale lembrar que esta cirurgia é eletiva, ou seja, pode aguardar a ocasião mais propícia, ou seja, pode ser programada.
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Vale lembrar que é uma cirurgia de alto risco, e com complicações frequentes, e que, segundo noticiado há algumas semanas, seria realizada somente em janeiro de 2019.
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Vale lembrar que geralmente este tipo de cirurgia é realizada entre três e seis meses (ou mais) após a data da realização da colostomia.
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Vale lembrar que Bolsonaro foi submetido a uma nova cirurgia no dia 12 de setembro para corrigir problemas decorrentes da primeira cirurgia.
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Vale lembrar que toda esta situação é muito controversa e cheia de mistérios.
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